terça-feira, 24 de maio de 2011

Dia de Santo - Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia nasceu no dia 22 de maio de 1381, em um pequeno povoado chamado Rocca Porena, situado na região de Cássia, na província da Úmbria, no centro da Itália. Seus pais, Antonio Mancini e Amata Serri, formavam um casal exemplar, e eram conhecidos como “pacificadores de Jesus Cristo”, pois suas ocupações era visitar os vizinhos mais necessitados, levando a eles ajuda espiritual e material. Apesar da idade avançada de Amata (62 anos), nem por isso deixavam de confiar em Deus e foi assim Deus atendeu às suas preces: conta à história que um anjo apareceu a ela e lhe revelou que daria à luz uma menina que seria a admiração de todos, escolhida por Deus para manifestar a todos os seus prodígios.
Sua vida foi repleta de vários acontecimentos extraordinários, e o primeiro momento foi ainda criança, quando seus pais foram trabalhar no campo e a deixaram debaixo da sombra de uma árvore. Enquanto Santa Rita olhava para o céu, uns enxames de abelhas brancas começaram a envolver, sem levar ferroada alguma, as abelhas começaram a entrar em sua boca, e depositar mel, como se não tivessem ferrões. Próximo dela, no mesmo instante um lavrador feriu-se com uma foice, cortando a mão direita. Quando foi dirigir-se para procurar cuidados médicos, parou perto da criança e viu o enxame que a rodeava, e balançando as mãos para espantar as abelhas, de repente, sua mão parou de sangrar e o ferimento se fechou.
Santa Rita era para seus pais um precioso dom concedido à sua fé e orações, e assim eles as educaram nos sentimentos religiosos. Analfabetos, procuravam transmitir à criança seus conhecimentos da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santa Virgem Maria e dos santos populares. Uma menina dócil, respeitosa e obediente para com seus velhos pais, a quem amava com delírio.
Os ensinamentos que seus pais lhe davam levaram-na a decidir, aos 8 anos de idade, a consagrar a sua virgindade a Jesus, esposo das virgens. Gostava tanto da vida retirada que seus pais lhe permitiram ter um oratório dentro de casa, e ali passava os dias meditando no amor de Jesus, castigando seu inocente corpo com duras penitências.
Aos 16 anos de idade, pensava em uma maneira de confirmar definitivamente a sua consagração a Jesus Cristo, por meio dos votos perpétuos. Mas como seus pais estavam com uma idade avançada, temiam em deixá-la sozinha no mundo, foi então, que resolveram concede-lá a um jovem que a pediu em casamento, em torno de seus 18 anos de idade. Obediente a vontade de seus pais, casou-se com Paulo Fernando, mas o mesmo tempo com o coração triste, pois estava dividida entre o amor a sua virgindade que consagrava a Deus e o desejo de seus pais.
Santa Rita passou por várias provações, pois Paulo era um homem rude, pervertido e sem temor a Deus, com o qual não se podia discutir e que seria capaz de provocar um verdadeiro escândalo se Rita e seus pais não permitissem esse casamento. Foi assim que Rita se viu obrigada a esse casamento.
Viveu com ele durante 18 anos, e mesmo nos momentos que era espancada, não se queixava nenhum momento, e era tão obediente que nem a Igreja ia, sem a permissão de seu marido.
Aos poucos, a mansidão e a suavidade de sua mansa esposa, fez com que Paulo Fernando passasse a ser um homem mais calmo com o passar dos anos, tornando-se um marido respeitoso. Ela via-se muito feliz por ver seu marido convertido e disposto a seguir o bom caminho, e assim poder educar com princípios religiosos seus dois filhos gêmeos, João Tiago e Paulo Maria.
Mas durou pouco tempo aquela felicidade de santa esposa e mãe! Quando menos esperava, tudo mudou, e de um modo muito violento e trágico seu marido foi ferozmente assassinado pelos inimigos que fez em sua vida de violência. Após a morte de seu marido, dedicou toda a sua atenção a seus filhos. E vendo que seus filhos não a escutavam mais com tanta docilidade, percebendo a revolta deles, sabendo que mais tarde cometeriam algum mal, entregou a vida de seus dois filhos de uma forma heróica a Jesus Crucificado, pedindo que os levassem, pois não queria ver seus filhos manchados de sangue e assim evitar que se tornassem criminosos. Um ano após a morte de seu marido, seus dois filhos ficaram doentes, e faleceram, em pouco intervalo de tempo um do outro.
Como desde infância Santa Rita sentia o desejo ardente de seguir a vida religiosa, sentia em seu coração esse chamado, bateu à porta do convento das agostinianas de Santa Maria Madalena, mas foi rejeitada, pois aceitavam apenas mulheres solteiras, e ela era viúva.  
Voltando as suas orações diárias e suas mortificações, Deus atendeu o seu desejo. Numa certa noite, quando estava rezando, escutou a chamarem, abrindo a porta, avistou na rua 3 homens, eram seus protetores São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino, que a convidaram para segui-los.
Santa Rita foi levada por eles até o convento de Santa Maria Madalena, com as portas todas fechadas, sendo impossível abri-las por meios humanos, pois estavam bem trancadas, mas os Santos a fizeram se encontrar dentro do mosteiro. Quando as religiosas desceram para se reunir no coro, ficaram assustadas, pois a mesma mulher que foi rejeitada se encontrava ali dentro do mosteiro. E assim contou todo o acontecido a elas, foram reconhecidos os desígnios de Deus.
Durante a sua vida consagrada, viveu uma experiência profunda. Foi quando em 1433, São Tiago de La Marca foi a Cássia para Pregar na Quaresma. Após ouvir de uma forma sensibilizada o sermão da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, profundamente emocionada, chegou ao convento, prostrou-se diante da imagem do crucifixo que se achava em uma capela interior, e suplicou ardentemente a Jesus que lhe concedesse participar de suas dores. E um espinho se destacou da coroa do crucifixo, veio a ela e entrou tão profundamente em sua testa que a fez cair desmaiada e quase agonizante. Quando voltou a si, a ferida lá estava atestando o doloroso prodígio.
Sua saúde foi se agravando com o passar dos anos, e nos últimos instantes de sua vida, alimentava-se somente da santa comunhão. Com suas orações e entre expressões de amor a Jesus e Maria sua alma se libertou dos vínculos que a prendiam á terra.
Santa Rita faleceu com 78 anos de idade e 40 anos de vida religiosa, no velho Convento das Agostinianas, no dia 22 de maio de 1457, depois de ter recebido com muita piedade os últimos sacramentos.
Em 1628 o Papa Urbano VIII preparou o decreto para sua beatificação. E no dia 24 de Maio de 1900 se realizou sob o pontificado de Leão XIII sua canonização.
Santa Rita, desde a infância se rendeu ao amor de Deus, e em toda a sua vida mostrou que em meio às provações, viver uma vida em santidade requer sacrifícios, aceitando o chamado e vivendo plenamente a vontade de Deus.

Oração a Santa Rita de Cássia

Ó poderosa Santa Rita, chamada Santa Rita dos Impossíveis, advogada nos casos desesperados. Socorro na última hora, refúgio nos momentos da dor que arrasta as almas ao abismo do crime e da desesperação, com toda confiança em vosso celeste patrocínio recorro a vós neste caso difícil e imprevisto que oprime dolorosamente meu coração. Dizei-me ó cara Santa Rita, não me quereis ajudar a consolar? Quereis afastar o vosso olhar e a vossa piedade do meu coração tão provado de dor? Também vós, minha querida Santa, sabeis o que é o Martírio do coração, pelas dores atrozes que sofrestes, pelas lágrimas que santamente derramastes. Ah! Vinde em meu auxílio. Falai, rezai, intercedei por mim que não ouso fazê-lo junto ao Coração de Deus, Pai de Misericórdia e Fonte de toda Consolação. Alcançai-me a graça que tanto necessito: (fazer o pedido). Apresentada por vós que sois tão cara a Deus a minha prece será certamente atendida. Dizei ao Senhor que esta graça servir-me-á para melhorar minha vida e os meus hábitos, e proclamar na Terra e no Céu a Misericórdia Divina. Assim seja. (Rezar 3 Pai-Nosso, 3 Ave-Maria e fazer o Sinal da Cruz).


Avante Sentinelas.
Paz e FOGO.  

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