No século XX Jesus visita a Santa Faustina e lhe mostra o seu coração transpassado do qual emanam raios de luz branca (a água do batismo) e vermelha (seu sangue) e lhe encomenda a missão de dar a conhecer sua misericórdia a todos os homens.
Maria Faustina Kowalska nasceu na aldeia de Globowiec no dia 25 de agosto de 1905, em uma família católica, e desde a sua infância já sentia esse chamado de Deus, a graça de uma vida consagrada. Muitas vezes antes dos sete anos, despertava durante a noite e sentava na cama, para rezar. Sua mãe via que estava rezando, e pedia para que ela voltasse a dormir, mas então dizia a sua mãe: - Oh, não mãe, meu anjo da guarda deve me ter despertado para rezar. Ajudava seus pais, com os afazeres da cozinha, ordenando as vacas, e cuidando dos seus irmãos.
Não terminou os estudos, apenas pode completar três trimestres, pois quando tinha 12 anos de idade, as escolas da Polônia estavam fechadas durante a ocupação da Rússia. Aos 15 anos de idade foi trabalhar como empregada doméstica, e novamente sentiu muito forte o chamado a vocação religiosa, mas no momento de conversar com os seus pais, eles não deixaram. Em um dos relatos em seu diário a Santa diz: "No décimo oitavo ano de minha vida, fiz um insistente pedido a meus pais para ter a permissão para entrar em um convento; obtive uma categórica negativa. Depois dessa negativa me entreguei as vaidades da vida sem fazer caso algum a voz da graça, ainda que minha alma em nada encontrava satisfação. As continuas chamadas da graça eram para mim um grande tormento, sem dúvida tentei apagá-las com distrações.Evitava a Deus dentro de mim e com toda minha alma me inclinava até as criaturas, mas a graça divina venceu em minha alma".
Nesse mesmo ano, teve uma experiência que marcou a sua vida. Santa Faustina foi convidada a uma festa junto com a sua irmã, Josefina, e assim ela relata: "Uma vez, junto com uma de minhas irmãs fomos a um baile, quando todos se divertiam muito, minha alma sofria tormentos interiores. No momento em que comecei a bailar, de repente vi a Jesus junto a mim. Jesus martirizado, despojado de suas vestes, coberto de feridas, dizendo-me essas palavras: ' até quando Me farás sofrer, até quando Me enganarás? ' Naquele momento deixaram de soar os alegres tons da musica, desapareceu de meus olhos a companhia em que me encontrava, ficamos Jesus e eu. Me sentei junto a minha querida irmã, dissimulando o que ocorreu em minha alma com uma dor de cabeça. Um momento depois abandonei discretamente a companhia e a minha irmã e fui a catedral de São Estanislau Kostka. Estava anoitecendo, havia pouca gente na catedral. Sem fazer caso ao que passava ao redor, me prostrei em cruz diante do Santíssimo Sacramento, e pedi ao Senhor que se dignasse fazer-me conhecer que havia de fazer em adiante. Então ouvi essas palavras: 'Vai imediatamente a Varsóvia, ali entrarás em um convento. ' Me levantei da oração, fui para casa e solucionei as coisas necessárias. Confessei a minha irmã o que havia ocorrido em minha alma, lhe disse que me despediria de meus pais, e com um só vestido, sem nada mais, cheguei a Varsóvia. Pedi a Santíssima Virgem que me guiasse e me deixasse saber onde dirigir-me”.
Foi acolhida na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, onde a Madre Geral a aceitou, e durante a Festa de Corpus Christi, no dia 25 de julho de 1925, fez um voto de castidade perpétua ao Senhor. Durante a sua vivência no convento, pensou em desistir, mas o Senhor queria realmente confirmar o seu chamado a ela, e Ele confirmou que a queria ali. Para terminar o seu Postulado no dia 30 de abril de 1926, tomou o hábito religioso como noviça e recebeu o nome de Sor Maria Faustina.
Toda a sua vida foi caminhar constantemente com Deus, assumindo o seu chamado, colaborando com Jesus na obra da salvação das almas. O Senhor a favoreceu de muitas graças extraordinárias: os dons de contemplação e de profundo conhecimento do mistério da Divina Misericórdia, visões, revelações, estigmas ocultos, os dons de profecia, de ler as almas humanas.
Santa Faustina conheceu profundamente a misericórdia do Senhor, pois assim foi seu chamado, revelar aos homens, a salvação. Durante a sua vida, se entregou, e com o passar dos anos, sua saúde ficou debilitada. No dia 27 de novembro de 1936, quando a debilidade a levou a cama, escreveu a seguinte visão do céu. "Hoje, estive no céu em espírito, e vi suas belezas incomparáveis e a felicidade que nos espera para depois da morte. Como todas as criaturas glorificam e dão graças a Deus sem cessar. Esta fonte de felicidade é invariável em sua essência, mas é sempre nova, derramando felicidade para todas as criaturas. Deus me tem feito entender que há uma coisa de um valor infinito a Seus olhos, e isso é, o amor a Deus; amor, amor e novamente amor, e nada pode comparar-se a um só ato de amor a Deus.Deus em sua grande majestade, é adorado pelos espíritos celestiais, de acordo a seus graus de graças e hierarquias em que são divididas, não me causou temor nem susto; minha alma estava cheia de paz e amor; e quanto mais conheço a grandeza de Deus, mais me alegro de que Ele seja O que é. Me regozijo imensamente em Sua grandeza e me alegro de que sou tão pequena, já que sinto tão pequena, Ele me carrega em Seus braços e me aperta a Seu coração".
Cansada fisicamente por completa, mas plenamente adulta de espírito e unida com Deus, faleceu em odor de santidade, no dia 5 de outubro de 1938, aos 33 anos, dos quais 13 anos foram vividos no convento.
Após a sua morte, ela deixou o seu diário, relatando sua vida e missão, revelando-nos a misericórdia de Jesus, mas por uma informação errônea apresentada a Santa Sede, foi proibida a divulgação de imagens e escritos que propaga a devoção a Misericórdia Divina na maneira proposta por Santa Faustina. Mas no ano de 1978, a Santa Sede mudou totalmente a sua decisão, e o responsável pela revogação dessa decisão foi o Cardeal Karol Wojtyla, Arcebispo da Cracovia, diocese a qual nasceu Santa Faustina, ao qual no ano dia 16 de outubro de 1978, foi elevado a Sede de São Pedro Sob o titulo de Papa João Paulo II.
No dia 7 de março de 1992, se declararam heróicas; as virtudes de Sor Faustina; no dia 21 de dezembro de 1992, uma cura por meio de sua intercessão foi declarada "milagrosa"; e no dia 18 de abril de 1993, o Papa João Paulo II teve a honra de declarar a Venerável Serva de Deus, Sor Faustina Kowalska, "Beata".
Em 1997 o Papa João Paulo II fez uma peregrinação à tumba da Beata Faustina na Polônia, lhe chamou "Grande apóstolo da misericórdia em nossos dias".
O Papa disse em sua tumba "A mensagem da Divina Misericórdia sempre tem estado perto de mim como algo muito querido. Em certo sentido forma uma imagem de meu Pontificado".
No dia 10 de março de 2000, se anunciou a data para a canonização depois de ser aceito o segundo milagre obtido por sua intercessão.
A Secretaria da Misericórdia de Deus foi elevada aos altares pelo Santo Papa no dia 30 de abril do ano 2000, o Domingo da Divina Misericórdia. Ao final da Canonização de Santa Maria Faustina o Santo Papa declarou o segundo domingo de Páscoa como o "Domingo da misericórdia Divina", estabelecendo a Festa da Divina Misericórdia que Jesus tanto pedia a Santa Faustina.
O Santo Papa disse: "Em todo o mundo, o segundo domingo de Páscoa receberá o nome de Domingo da Divina Misericórdia”.
No dia 29 de junho de 2002 - O Sumo Pontífice, João Paulo II, estabeleceu que o "Domingo da Misericórdia Divina" se enriqueça com a indulgência plenária, que é expressa em primeiro lugar no sacramento da Penitência e da Reconciliação.
Oração à Santa Faustina
Ó eterno e onipotente Deus, que escolhestes a Santa Faustina para proclamar as inumeráveis riquezas da Sua misericórdia, fazei que, seguindo o exemplo dela, nós confiamos plenamente à Sua misericórdia e cumprimos as nossas obras cristãs do amor. Pelo Jesus Cristo, o nosso Senhor. Amém.
Avante, Sentinelas.
A Paz e Fogo!
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